quarta-feira, 6 de maio de 2009

Obra sem fim

Tá lá parado,
um rascunho arranhado,
pedaço de papel manchado.

Desenhos meus sempre assim,
obras sem fim,
rascunho de mim.

Por vezes te fiz,
mais vezes te refiz,
durante madrugadas nunca te quis.

Desenhos meus sempre assim,
obras sem fim,
rascunho de mim.

Madrugada calma,
e a folha nova espalhada,
de canto só dou uma olhada.

Desenhos meus sempre assim,
obras sem fim,
rascunho de mim.

O dia amanhece,
e nada em seu desenho acontece,
sobre a mesa somente o branco aparece.

Desenhos meus sempre assim,
obras sem fim,
rascunho de mim.

Ah! se ao menos vontade tivesse,
talvez obra completa apareça,
vou dormir, pois o dia amanhece.

Desenhos meus sempre assim,
obras sem fim,
rascunho de mim.

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