domingo, 10 de maio de 2009

BALANÇO DE MEMÓRIAS

Velho balanço,
que balança sozinho,
com a força do vento.
Tão triste foi te deixar,
naquele momento,
jogado ao relento.

Quando tão bom era o friozinho,
do ar em meu peito.

Sentado em suas cordas,
escrevo hoje memórias.
Em meu caderno claro como o véu,
o lápis rasga o branco do papel.

Depois de linhas escritas,
me vem de repente vontade de escrever coisas ditas,
por bocas benditas,
como minha mãe que da varanda grita,
palavras que minha alma escuta.

agora balança o balanço,
com a força do vento,
mas o que nos embala a vida é o tempo.

Tempo não de sol nem de chuva,
que cai miúda,
molhando o brinquedo.

Tempo distante que não volta,
a não ser por linhas confusas, escritas,
pensadas e tortas.

2 comentários:

  1. a lembrança é algo mt inspirador,o que ela faz conosco é fora de sério...mt bonito o poema....expresso bem =D

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